Saiba como foi o 1° Grupo de Discussão do Projeto com Entidades de Representação Nacional

AUTORIA: Equipe de Comunicação e Mobilização Social (ECMOB)

Na última semana de julho foi realizado o primeiro Grupo de Discussão do Projeto Diagnóstico e Planejamento Estratégico do Artesanato Brasileiro. Estiveram presentes entidades de representação nacional do artesanato, inclusive do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), para discutir os desafios do setor no Brasil, no contexto da pandemia de COVID-19.

Este primeiro encontro para realização do Grupo de Discussão foi conduzido pela equipe de comunicação e mobilização do Projeto e contou com um momento de alinhamento sobre as ações que serão realizadas até o fim do ano. 

O Grupo de Discussão foi o primeiro de uma série de outros que ocorrerão com entidades de representação em nível estadual e entidades ligadas às representações de artesãos nas diversas regionais. O objetivo é realizar um levantamento preliminar e atual dos desafios do setor no país, que irá nortear outras atividades de pesquisa dentro do Projeto.

Disparadores da discussão

As pautas que dispararam a conversa nesse primeiro grupo de discussão foram o impacto causado pela pandemia da COVID-19 no setor do artesanato e alguns aspectos sobre a implementação e regulamentação da Lei 13.180/2015 e sua portaria 1007/2018.

No decorrer do encontro, assuntos como a valorização do artesão, o desenvolvimento de políticas públicas, a divulgação da legislação do artesanato e sua base teórica, bem como a promoção da qualidade de vida do artesão também foram destacados.

Primeiro grupo de discussão nacional

Facilitação gráfica com questões disparadoras de discussão.

 

Destaques: comunicação e letramento digital serão peças-chave 

Comunicação sobre a legislação

Antes de levantar pontos da legislação em si, participantes foram unânimes no fato de que ela ainda é pouco conhecida entre artesãos. Em âmbito municipal, fica ainda mais clara a necessidade de promover o conhecimento e apropriação da legislação e regulamentação, para que integrantes do setor possam cobrar políticas públicas efetivas para quem está na ponta. 

Na discussão desse tópico, outro ponto de convergência foi o fato de que é preciso promover uma comunicação mais estratégica para que a informação legal necessária à implementação das políticas públicas chegue às pessoas que precisam. 

Aprimoramentos necessários

Ainda foram levantadas propostas de abertura na legislação para contemplar tipologias diversas, refletindo a diversidade do setor no país. 

Apesar de haver preocupação com a regulamentação da profissão, no sentido de tentar incluir artesãos inicialmente excluídos, também foi ponderado que tal abertura deve ser feita com parcimônia. Caso contrário, poderia acarretar a desvalorização dos artesãos que representam de fato o ofício, de acordo com o que é descrito na base teórica da legislação.

Letramento digital voltado para o e-commerce (vendas na internet)

Uma das pautas discutidas pelo grupo foram as dificuldades da maioria dos artesãos com o uso de ferramentas digitais. Antes da pandemia, o uso dos aplicativos e mídias sociais já era desafiador para a maior parte dos artesãos. Com o isolamento social, o abismo de acesso e letramento nas tecnologias e ferramentas voltadas para as vendas online foram agravados.  

Desafios inerentes

Devido à perda dos principais pontos de venda presencial, tornou-se mais nítida a necessidade de treinamento voltado ao domínio das redes sociais, mídias e do E-commerce em si, para haver uma forma de escoamento de produtos que não dependa apenas do presencial. Apesar de haver muitos treinamentos disponíveis para esse público, alguns participantes do GD ainda levantaram que é preciso aprimorar metodologias e maneiras mais pedagógicas para passar tais conhecimentos para os artesãos. 

Ainda foi destacado que, mesmo apropriados das ferramentas digitais, a categoria enfrenta ainda outro grande desafio: “o artesão não vende apenas um produto, ele vende uma história” e como é possível, então, nesse mundo digital, vender a história e comover compradores com o brilho no olhar, a empolgação da fala, um papo gostoso e sem os limites de bordas de telinhas e telonas? Fica uma interrogação para mais Grupos de Discussão e encontros da rede.

As opiniões emitidas nesta publicação são de exclusiva e de inteira responsabilidade do autor, não exprimindo, necessariamente, o ponto de vista do Ministério da Economia e do Programa do Artesanato Brasileiro.

 

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