Seguindo sementes: circuitos e trajetos do artesanato Sateré-Mawé entre cidade e aldeia

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  • Data de Criação 14 de janeiro de 2022
  • Ultima Atualização 14 de janeiro de 2022

Seguindo sementes: circuitos e trajetos do artesanato Sateré-Mawé entre cidade e aldeia

RESUMO: A presença sateré-mawé na cidade de Manaus (Amazonas, Brasil) se faz particularmente visível pelas comunidades e associações que começam a surgir na cidade na década de 1990, a partir de ocupações que contaram com forte protagonismo feminino. O artesanato elaborado com sementes passou a ser uma das principais estratégias das mulheres sateré-mawé no espaço urbano, em oposição ao trabalho nas chamadas casas de família. Essas sementes, usadas na produção de colares e pulseiras, tem caminhos próprios, que desestabilizam fronteiras entre área urbana, área de floresta, cidade e aldeia. Os caminhos das sementes mobilizam uma ampla circulação de pessoas, saberes, narrativas e coisas, formando um circuito específico. As práticas de plantio, coleta, trocas de sementes e outras formas de aquisição, bem como sua transformação em objetos que circulam em diferentes locais e contextos, propõem uma inversão entre agente e paciente: de objetos passivos da ação humana, as sementes se elevam a agentes mediadores de relações, mediando também modos particulares de vivenciar o espaço urbano.

AUTORIA: Ana Luísa Sertã Almada Mauro.

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