- Versão:
- Download 23
- Tamanho do Arquivo 0.00 KB
- Contagem de Visualizações 1
- Data de Criação 30 de novembro de 2021
- Ultima Atualização 30 de novembro de 2021
É da rede que se faz o ponto ou do ponto que se faz a rede?
As indicações geográficas vêm sendo vistas como instrumentos de desenvolvimento regional em todo o mundo, especialmente pela experiência vivenciada no continente europeu. Apesar de sua relevância em um mercado que exige cada vez mais de qualidade e rastreabilidade, ainda é um instrumento estrangeiro no Brasil e por sua vez, não significa desenvolvimento econômico a partir de um possível reconhecimento. Um produto com capacidade de recebimento de tal signo distintivo é decorrente de uma vivência territorial e com isso, da vida de diversos produtores e de suas relações com atores territoriais. Para um desenvolvimento econômico, outros aspectos devem ser considerados como sociais e ambientais e nisso os indivíduos territoriais precisam estar ativos e terem discernimento do que desejam para o construir de seu habitar e consequentemente, do produto que produzem. O processo de reconhecimento do instrumento não garante sucesso e para sustentar o mínimo de vantagem à população, ou mesmo possibilidade de desenvolvimento regional, deve adequar-se à realidade local. A partir do estudo de caso do bordado filé na Região das Lagoas em Alagoas, analisamos a indicação geográfica sob a perspectiva de território, sua construção e a importância da identidade e pertencimento territorial para os atores locais.
AUTORIA: Bruna Jatobá Vieira de Oliveira.